Caminhar, dormir e beber sobre

as águas do Rio Negro

Imagine acordar, olhar pela janela e dar de cara com o Rio Negro, ouvir as araras cantando ver o sol tinindo. Deu pra imaginar? Esse é o panorama do “ Abaré Hostel”, que fica no meio da selva e em cima do rio (isso mesmo, um hostel flutuante). Tem um bar todo trabalhado nos drinks, brejas e sucos regionais.

Novo Airão é a cidade sede do Arquipélago de Anavilhanas, um dos lugares com as melhores praias e pôr do sol que alguém já viu. Uma boa pedida para se deliciar com o silêncio da Amazônia, já que não é muito turístico.

A duas horas de barco de Manaus, Tumbira tem uma pequena pousada, o melhor anfitrião e nenhum sinal de celular e internet. Seu Roberto faz a melhor caipirinha, conta histórias, assa peixe e ainda chama um amigo pra tocar os melhores bregas em noites de desilusão.

Para mim, Presidente Figueiredo (100 km de Manaus) é point oficial do Amazonas. Eu sei, beeeem clichê, mas não se engane: são inúmeras cachoeiras e poços profundos, um ao lado do outro (cachoeira do Mutum) e com água escura, que devem dar altos likes no Instagram.

DáVarzea, um lugar eclético e cosmopolita. Uns dias tocam djs cults (só no vinil porque o som sai melhor), em outros só as divas poderosas do pop. Catuaba rola solta e a diversão é garantida nesse espaço que é todo trabalhado no grafite e papo descontraído.

O Teatro Amazonas, lembrança da época da borracha, é um lugar em que com certeza o visitante não podem deixar de ir. Sempre me pergunto como esse pessoal que veio da Europa naquele período vivia desse jeito nesse calor.

Entrando na onda mais regional, uma das atividades é nadar com os botos no encontro das águas e zoar os amigos dizendo que o Rio Negro é óleo derramado. Pegue um barco no centro da cidade e — dica amiga —, pechinche. O valor gira em torno de 120 reais.